SUBSÍDIOS PARA A FORMAÇÃO DE EDUCADORES AMBIENTAIS INFORMAIS ENVOLVIDOS NA EXPLORAÇÃO DE ARGILA NAS MARGENS DO RIO BRANCO, NO MUNICÍPIO DO CANTÁ/RR E A EDUCAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL- EDS.

Resumo

A degradação ambiental na área em estudo tem introduzido nos debates a
necessidade de uma mudança de mentalidade, de busca de novos métodos, em que
a natureza deixa de ser vista apenas como um cenário. A visão "antropocêntrica" da
primazia do ser humano sobre o mundo natural, tomando-se a natureza como
recurso de uso e benefícios próprios, perde espaço no momento em que se
descobrem nos recursos naturais fontes termináveis, ou seja, um dia acaba. Nesse
contexto, surgiu um novo paradigma sócio-econômico: o Desenvolvimento
Sustentável. Esse desenvolvimento significa atender às necessidades da geração
atual sem comprometer os direitos das futuras gerações atenderem as suas
necessidades. Com esse paradigma, a sociedade começou a incluir valores ligados
ao ambiente nos aspectos de sua qualidade de vida. Este estudo teve como objetivo
identificar e propor subsídios aos cidadãos para atuarem como educadores
ambientais informais junto às empresas de exploração de argila nas margens do Rio
Branco, no município do Cantá/RR. Foi realizado no período de 2008 até 2010,
desenvolvendo e vivenciando os princípios da Educação para o Desenvolvimento
Sustentável nas referidas atividades. A pesquisa utilizou-se de Métodos Qualitativos,
iniciando-se pelo Método Observacional descritivo. Também houve o envolvimento
da interpretação da fala, escrita, imagens, concepções e ações dos componentes da
amostra. A parte quantitativa foi utilizada na avaliação dos resultados da fase do
diagnóstico e na fase da possibilidade da formação de educadores ambientais
informais com os envolvidos na exploração de argila nas margens do Rio Branco, no
município do Cantá/RR e a Educação para o Desenvolvimento Sustentável- EDS.
Os dados apresentados mostram que há concepções variadas, mas numa direção
adequada sobre o significado de Ambiente. Destaca-se que os cuidados com o
ambiente praticamente não ocorre. Isto foi manifestado pelos entrevistados, e nos
permite inferir que há mais preocupações com o individual do que com o coletivo.