CYBERFORMAÇÃO SEMIPRESENCIAL: A RELAÇÃO COM O SABER DE PROFESSORES QUE ENSINAM MATEMÁTICA
Resumo
O movimento de Cyberformação Semipresencial, vivido por professoras que ensinam matemática no Ensino Fundamental e o pesquisador, participantes de um grupo colaborativo é o cenário para discussão da relação com o saber nesteestudo. A relação com o saber proposta por Bernard Charlot evidencia que o saber é constituído nas relações com o mundo, com os outros e consigo mesmo. Neste estudo, perseguimos a questão de investigação: “Como se mostra a relação com o saber, em termos matemáticos (de geometria), pedagógicos e tecnológicos de professores que ensinam matemática no Ensino Fundamental, em Cyberformação Semipresencial?” Nos fundamentamos na concepção de Cyberformação defendida por Maurício Rosa. Essa concepção é sustentada pelo constructo teórico ser-com, pensar-com e saber-fazer-com-Tecnologias Digitais (TD), o qual visa atuar na ampliação e potencializar a relação com o saber de professores de matemática em termos matemáticos, pedagógicos e tecnológicos. A referida concepção admite uma multiplicidade de dimensões. Diante disso, em termos teóricos, refletimos sobre a dimensão colaborativa sob olhar da relaçãode saber-poder de Michel Foucault, a dimensão do tempo vivido sob oviés de Martin Heidegger e a dimensão exotópica na perspectiva de Mikhail Bakhtin. Os aspectos metodológicos revelam a natureza qualitativa dos dados produzidos no movimento de Cyberformação Semipresencial. Esse movimento foi constituído por quatro “momentos”: o primeiro por meio de entrevistas semiestruturadas, o segundo por meio de encontros presenciais e não presenciais, em que foram discutidos aspectos de geometria no âmbito do Ensino Fundamental, com o planejamento de uma atividade, a qual foi desenvolvida pelas professoras em sala de aula. As aulas das professoras constituíram o terceiro momento da investigação. O quarto se desencadeou pela análise de episódios de aula das referidas professoras. A partir disso, em consonância com os pressupostos teóricos, foram estabelecidas três
unidades de análise, as quais se mostraram pelas dimensões: colaboração, tempo vivido e excedente de visão. Entendemos que pela análise do movimento de Cyberformação Semipresencial, podemos afirmar que este foi contínuo, pois se mostrou pelas relações entre cada momento. Além disso, defendemos que esse mostrou o “como” as relações das professoras com o saber, em termos matemáticos 8 (geométricos), pedagógicos e tecnológicos foi constituída. Diante disso, defendemos que a Cyberformação Semipresencial se mostra como criação de possibilidades para professores que desejam ensinar matemática com TD.
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