BASES DA APRENDIZAGEM MATEMÁTICA E O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: UM ESTUDO SOBRE RELAÇÕES NUMÉRICAS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Resumo
Este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa de dissertação de mestrado, cujo objetivo geral é investigar como se constituem as relações numéricas de alunos com Transtorno do Espectro Autista dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, considerando as bases da aprendizagem matemática a contagem, os esquemas protoquantitativos e resolução de situações-problemas. O presente trabalho investigou duas crianças classificadas como típicos padrões da patologia do Espectro Autista, uma com grau leve e outra com grau moderado, buscando compreender sua capacidade de contar, desenvolvendo diferentes formas de relações numéricas primordiais para o aprendizado do número e da aritmética, seguindo os esquemas investigando o termo oral, a representação concreta e reconhecimento do número. Contemplou um estudo de caso, por meio de entrevistas semiestruturadas com as professoras referência das turmas, após com os pais e/ou responsáveis e psicopedagogas que atendem os alunos e intervenções pedagógicas da pesquisadora que aconteceram no Laboratório de Aprendizagem de uma escola privada de ensino regular. Também se realizou atividades para a verificação dos princípios de contagem que são: correspondência termo-a-termo, ordem estável, cardinalidade, abstração e irrelevância da ordem. Nesse estudo utilizou-se a abordagem qualitativa de pesquisa com enfoque exploratório e descritivo. Considerou-se que os resultados do estudo mostraram que autistas respondem melhor a proposta de trabalho por meio de estratégias e recursos de estímulos visuais exercendo melhor controle atencional para a aprendizagem, pois pensam e raciocinam com mais interesse e facilidade. Devido à dificuldade da linguagem falada e vocabulário restrito, comprometeu o segmento de ordem verbal em um dos autistas, onde houve necessidade de implementar estratégias de aprendizagem proporcionando ampliação do vocabulário no decorrer das sessões, sempre retomando a atividade anterior, ensinando o vocabulário correto a ser utilizado para os termos maior, menor, alto, baixo fixando a memorização. Também se utilizou uma metodologia facilitadora para a aprendizagem matemática empregando o manuseio de materiais concretos que assegurasse a inter-relação entre o real e o abstrato.
Palavras-chave: Inclusão Escolar. Transtorno do Espectro Autista. Educação Matemática. Esquemas protoquantitativos.
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